Noticia extraida do Jornal da Ordem- 30.04.12 - Motorista tem negado pedido para se eximir de punições da Lei Seca
No recurso, autor afirmou que estaria com a liberdade ameaçada porque, ante a recusa à realização de teste de alcoolemia em blitz nas estradas, ele teria o direito de dirigir suspenso pelo prazo de 12 meses, "sem o devido processo legal".
Foi negado habeas corpus a um motorista de Minas Gerais que pretendia se eximir de exigências e punições administrativas introduzidas pela Lei Seca (Lei 11.705/08). A 5ª Turma do STJ, baseada em voto do desembargador convocado Adilson Macabu, negou o salvo-conduto.
Inicialmente, o motorista teve o pedido de habeas corpus negado pelo TJMG. Ele recorreu, então, ao STJ, sustentando que estaria sofrendo constrangimento ilegal. Disse que o objetivo do pedido era evitar o cumprimento das medidas administrativas determinadas pela Lei Seca.
O motorista afirmou que estaria com a liberdade ameaçada porque, ante a recusa à realização de teste de alcoolemia em blitz nas estradas, ele teria o direito de dirigir suspenso pelo prazo de 12 meses, "sem o devido processo legal". Protestou ainda contra a possibilidade de ser "coercitivamente conduzido para delegacias de polícia civil" e de "receber voz de prisão em fragrante" por recusar-se a fazer o teste do bafômetro.
O relator observou que "o habeas corpus preventivo tem cabimento quando, de fato, houver ameaça à liberdade de locomoção", isto é, sempre que for fundado o receio de prisão ilegal. "E tal receio haverá de resultar de ato concreto, de ameaça iminente de prisão", disse o magistrado.
Macabu constatou que, no caso, não se verifica a efetiva ameaça, atual ou iminente, capaz de autorizar a expedição de salvo-conduto. O magistrado concluiu que o que se pede, na verdade, é eximir o impetrante do âmbito da vigência da Lei Seca.
(RHC 25107).
Fonte: STJ
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