quarta-feira, 24 de julho de 2013

REVALIDA: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE FACULDADES DE MEDICINA

     O  Exame Revalida - prova de desempenho de faculdade de medicina deveria ser aplicado a todos os estudantes de medicina do pais, sem exclusão e que os resultados fossem divulgados pelo MEC, como os exames da OAB para que ter mais transparência, sem proteger as universidades, em respeito ao povo brasileiro. 
   O fato de ter cursado no exterior não quer dizer que são menos despreparados do que os estudantes brasileiros, por isso penso que o MEC deveria submeter o Revalida para todos os formados no Brasil para testar o conhecimento dos médicos recém formados. E que após este exame, o próprio MEC encontrasse um forma de melhorar a qualidade do ensino superior de todos os cursos, para que nenhum aluno necessitasse ser submetido a uma prova após ter concluído o curso superior no Brasil.

    O deputado federal Raul Lima, tem razão quando argumenta  que "Não temos o monopólio do conhecimento de qualidade".  

      E mais, penso que a cada dia os cursos do Ensino Superior de um modo geral estão deixando a desejar, nota-se que alguns profissionais recém formados saem da faculdade despreparado para o mercado de trabalho. Não podemos generalizar, mas que o MEC deveria ser mais ter mais critérios quando credencia alguns cursos, para que não fosse necessário os estudantes e recém formados terem que ser submetido a exames após ter cursado vários anos de faculdade.

   Será aplicado o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos ((Revalida) como pré-teste a 3.745 estudantes de 32 cursos de medicina de todas as regiões no país. O teste será aplicado aos estudantes do sexto ano de medicina pelo MEC, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas- INEP que tem por objetivo coletar dados sobre o desempenho dos alunos e das faculdades brasileiras.

   Segundo o edital publicado no Diário Oficial da União os resultados não serão divulgados e servirão "apenas internamente para fins de análise do exame".

    Convém esclarecer que a validação de diplomas de medicina obtidos no exterior é considerada difícil no Brasil. O exame aplicado no ano de 2011, em caráter de teste, menos de 10% foram aprovados.Neste sentido o governo brasileiro estuda facilitar o processo e já lançou plano para aumentar o número de médicos no país. Ocorre que as entidades que regulam a profissão reagiram contra as medidas, argumentando que o problema brasileiro não é a falta de médicos, mas a distribuição de médicos no território nacional.

     Diz a noticia:

    Ainda, que os atrativos para estudar medicina fora são maiores. Custo de vida baixo, mensalidade que correspondem a um décimo do valor praticado no Brasil. Além disso, desde a década de 1970, quem se formava em países latinos e caribenhos tinha o diploma automaticamente reconhecido pelo Brasil, facilidade com o idioma e para ingressar nas faculdades, entre outros. Além disso, desde a década de 1970, quem se formava em países latinos e caribenhos tinha o diploma automaticamente reconhecido pelo Brasil, que era signatário de um acordo de cooperação acadêmica que valeu até 1999. Contudo, a partir de então a validação passou a ser realizada por universidades públicas em um processo "moroso e não padronizado", segundo o próprio Ministério da Educação (MEC), já que cada instituição adotava regras próprias.
Claudio Franzen, médico
     
      Franzen diz ainda que a medicina praticada no Brasil é muito mais avançada do que em outros países da América Latina, que formam centenas de brasileiros todos os anos. "Temos muitos estudantes que vão para Cuba, por exemplo, por intermédio de partidos políticos e movimentos sociais. Não posso fazer avaliação genérica, porque aqui no Brasil também temos faculdades precárias, mas o curso lá não é completo, é voltado para a medicina básica, para atender a população de forma preventiva. Eles não recebem o aprofundamento para sair fazendo cirurgias. Como vamos liberar o ingresso desses médicos? Isso é muito preocupante", afirmou.

    Segundo estudo feito pelo CFM, o problema do País também não é a falta de médicos, mas sim a má distribuição pelo território nacional. "Não é correto, portanto, afirmar que há falta generalizada de médicos no Brasil. São as desigualdades de distribuição que conduzem a focos de escassez de profissionais em determinadas localidades, em determinadas redes e serviços de saúde e em determinadas especialidades médicas", aponta o estudo.

      De acordo com a pesquisa, o Brasil possui 1,9 médico para cada 1 mil habitantes, proporção menor que a de países como Argentina (3), Uruguai (3,7) e Cuba (6,7). Mas outro olhar sobre os números revela duas realidades distintas no País: enquanto no Interior a taxa de distribuição é semelhante à de países africanos, nos grandes centros urbanos ela é maior do que em países europeus.
Reserva de mercado

    Estudantes que obtiveram diplomas de medicina no exterior consideram que o grau de dificuldade do Revalida serve para "barrar mão de obra qualificada por uma questão de reserva de mercado". O argumento é que "pessoas que estudam no Brasil também não seriam aprovadas se submetidas a esta prova", segundo relata o deputado federal Raul Lima (PSD-RR). Para ele, as entidades não podem impor barreiras sem conhecer a realidade. "Temos ótimos exemplos de faculdades na América latina, mas nós não temos o monopólio do conhecimento de qualidade".

"Não temos o monopólio do conhecimento de qualidade". Raul Lima, deputado federal 

    Além do Revalida, estudantes de todas as áreas de conhecimento podem fazer o reconhecimento de diploma em alguma universidade pública brasileira que possua curso igual ou similar reconhecido pelo governo. Cada instituição de ensino cria as próprias regras e, na análise, que leva seis meses, em média, podem ser solicitados estudos complementares.
Já o Revalida é fruto de uma ação conjunta entre os ministérios da Saúde e da Educação, visando a padronizar o processo. O exame estabelece níveis de desempenho esperados para habilidades específicas de cada área, com testes teóricos e práticos. Dos 65 aprovados no ano passado, 31 eram brasileiros, quatro bolivianos, seis colombianos, seis argentinos, três peruanos, um alemão, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, dois nicaraguenses, um cabo-verdiano, um francês e um dominicano.

    "MEC já aplicou o Revalida dois anos e os resultados foram catastróficos. Como permitir que exerçam a profissão?"

   Para tentar padronizar isso, o governo institui em 2010 o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras, chamado Revalida, que passou a ser uma alternativa mais uniforme para o processo. Entretanto, o teste é considerado excessivamente rigoroso. Na edição de 2011, dos 677 participantes, apenas 65 conseguiram aprovação - 31 brasileiros, seis colombianos, seis argentinos, quatro bolivianos, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, três peruanos, dois nicaraguenses, um alemão, um cabo-verdense, um francês e um dominicano.

    O Ministério da Educação admite aplicar mudanças que facilitariam o Revalida. Junto a isso, ao menos dois projetos tramitam no Senado: um do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que propõe o reconhecimento automático do diploma estrangeiro, e outro da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que visa a simplificar o processo de validação.

    As entidades médicas reagiram duramente contra as propostas do governo, avaliando-as como "falácias que tentam desviar a sociedade das medidas que, efetivamente, podem colaborar para o fim da desigualdade na assistência em saúde". De acordo com o médico Claudio Franzen, do Conselho Federal de Medicina (CFM), as exigências existem para comprovar que as pessoas graduadas fora do País possuem a formação necessária para atender a população. "O MEC já aplicou o Revalida dois anos seguidos e os resultados foram catastróficos. Como podemos permitir que essas pessoas exerçam a profissão sem nenhum controle?", questiona.

    Em março deste ano, o governo federal anunciou medidas para estimular a formação de novos médicos com a criação de vagas em instituições públicas e visando a levar estes profissionais para o interior do País. A meta é elevar, até 2020, o número de médicos a 2,5 para cada 1 mil habitantes.

Fonte: http://www.terra.com.br/noticias/educacao/infograficos/diploma-medicina/

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