Extraído da noticia do JusBrasil
Publicado por OAB
Brasília Não
podemos aceitar que a defesa da sociedade corra o risco de não ser realizada em
razão da falta de estrutura do próprio Estado, destacou nesta terça-feira (03)
o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, ao afirmar que a
entidade irá requerer ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a manutenção do
peticionamento em papel de forma concomitante ao Processo Judicial eletrônico
(PJe).
Marcus
Vinicius afirmou que nos próximos dias uma comitiva de advogados de todos os
estados brasileiros irá ao CNJ levar a reivindicação pela manutenção do
peticionamento em papel.
Não somos
contra os avanços promovidos pelo processo eletrônico, mas está comprovado que
o sistema vem sendo instalado de maneira açodada, sem considerar as necessárias
condições técnicas e os aspectos humanos envolvidos na transição. Não se pode
avançar sobre a segurança jurídica, tornando um sistema com inúmeras falhas,
como única opção de se buscar o acesso à justiça, destacou Marcus Vinicius.
O
vice-presidente da entidade, Claudio Lamachia, que é, também, coordenador
nacional do Fórum Permanente de Discussão do Processo Judicial Eletrônico do
Conselho Federal da OAB, destacou que um recente levantamento realizado pelo
Fórum apontou a ausência de banda larga em milhares de comarcas de sul a norte,
e a falta de estrutura de energia elétrica, que causa inúmeros apagões, dois
grandes entraves para a utilização segura do PJe.
Outro ponto fundamental, conforme o
vice-presidente, é a falta de acessibilidade plena do sistema, que acaba
tornando impossível a sua utilização por parte dos advogados cegos, além da sua
inconformidade com o Estatuto
do Idoso, público que também enfrenta grande dificuldade com a
usabilidade dos programas em utilização no judiciário brasileiro. Até o
momento, apenas o sistema desenvolvido pela Justiça do Trabalho acenou com a
sua adequação, atendendo pleito da OAB Nacional.
A Ordem
iniciará nos próximos dias a coletar assinaturas junto a advocacia brasileira,
ao Ministério Público e a magistratura, em apoio à manutenção do peticionamento
em papel, de forma concomitante ao eletrônico.
Fonte: Fonte OAB Nacional defende manutenção das petições em
papel junto com PJ
Site JusBrasil
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