EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA M.M. VARA DE
FAMÍLIA DA COMARCA DE ...
GDS, brasileira, casada, professora, portadora do RG nº 00000 inscrita sob o CPF nº 0000000, residente e domiciliada a Rua T,
nº 59, nesta cidade, por sua
advogada signatária, nos termos do incluso instrumento de mandato, o qual
recebe intimações no endereço em epígrafe, vem respeitosamente à presença de V.
Exª. com fulcro no artigo 2§, IV e seguintes da Lei 6.515/77, combinado com os artigos 1566 e 1571,
IV e seguintes do Código Civil, propor
AÇÃO DE
DIVÓRCIO LITIGIOSO CUMULADA COM PEDIDO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA, contra:
RMS, brasileiro, casado, agricultor,
residente a Estrada, cidade,
pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
I- DOS
FATOS
1. A
requerida e o requerido casaram-se em ......, sob
o regime de Comunhão Parcial de Bens, conforme demonstra a certidão de
casamento, anexa.
2. Da
união do casal nasceu à filha LRM, atualmente com cinco anos
de idade, que esta sob a guarda da mãe, conforme cópia da certidão de
nascimento, anexa.
3. O casal residia em ......., no distrito ..., estrada RS ...., sem número, na zona rural. Após o falecimento da mãe do
requerido, o casal veio residir em Esteio, alugaram uma casa. A autora conseguiu emprego como professora em
uma Escola e o requerido não se adaptou a vida na Cidade,
combinaram então que ele iria trabalhar na lavoura e viria aos finais de semana
para ficar com a família. Ocorre que depois de um tempo o requerido começou a
espaçar sua vinda a residência familiar, e há seis meses deixou de vir ver a
filha menor do casal, bem como, não cumpriu mais com os deveres matrimoniais,
deixando a autora a custear as despesas com aluguel, alimentação e educação da
filha sozinha.
Por cerca de trinta dias a autora através da
rede social visualizou uma foto de seu marido abraçado com outras mulheres, conforme foto
em anexo.
4. A autora entrou em contato com o requerido
por várias vezes, para que ele ao menos ajudasse nas despesas de sua filha, o
que restou sem sucesso.
5. Embora se tentasse por inúmeros meios fazer
o presente divórcio na forma consensual (ou mesmo a reconciliação do casal), a
mesma se tornou infrutífera, tendo-se em vista o fato do requerido não ter para
com a requerida, um diálogo amistoso.
II- DOS BENS E DA NECESSIDADE DE PARTILHA
O casal durante a convivência adquiriu os
seguintes bens:
a)
Três terrenos: um deles com uma casa, com valor de
R$ 25.000,00 reais.
b) Um
automóvel modelo GM/CORSA, ano 1998, cor prata, placas..., alienado
em nome da requerente no Banco Cifra, cotado em R$ 12.000,00 segundo tabela FIPE
em anexo.
A requerente pretende partilhar todos os
bens na proporção de 50% (cinquenta por cento) para cada cônjuge.
Requer a autora, enquanto não for realizada a partilha do automóvel, que as
despesas relativas à IPVA e demais despesas, sejam custeadas pelo requerido já
que o mesmo em encontra-se em posse do veículo, bem como responda por qualquer
responsabilidade de trânsito, multa, etc, por ser o condutor e estar na posse
do bem.
II- DO USO DO NOME
A requerente voltará a usar o nome de solteira, conforme disposto no art.17 §1º da Lei 6.515/77.
III- DOS ALIMENTOS
A autora
trabalha como professora e percebe o salário de R$ 819,00 mensais, e não têm como custear sozinha todas as
despesas, pois, paga aluguel, energia elétrica, água, alimentos, e outros gastos
que são necessários com a filha que é portadora de asma brônquica (atestado em
anexo) e depende de cuidados e medicamentos especiais, o requerido não tem
custos com aluguel, pois mora no imóvel da família, e não esta colaborando com
o sustento da filha, a requerente necessita urgente de alimentos provisionais
na proporção de 30% sobre todos os rendimentos do requerido e transformado em alimentos definitivos.
IV - DA GUARDA DA FILHA
A
requerente pretende ficar com a guarda legal, em face da faculdade prevista no
artigo 1583 do Código Civil brasileiro, é de ser respeitado e mantido, por sua
objetividade, a requerente é quem tem melhores condições de cuidar da filha. Convém
ressaltar que o requerido ao abandonar o lar, a família e a filha, renunciou de
forma clara a qualquer pretensão quanto à guarda da filha.
Requer a autora regular o direito de
visita da seguinte forma: que o requerido visite a filha uma vez por mês,
devido a distância para que a filha não perca os laços paternos, após seja
determinado que as visitas sejam alternadas a cada quinze dias, nos dias de
aniversário e dia dos pais/dias das mães com o respectivo cônjuge e no
aniversário, as férias escolares quando tiver seja 50% com cada pai, quando a
criança tiver maior. Nas festas de Natal e Ano Novo seja combinado, sempre se
alterando.
V- DO DIREITO:
O pedido de divórcio judicial encontra
amparo legal no art. 5°, caput, da Lei n° 6.515/77, que estabelece a
norma de que a separação judicial
pode ser pedida por um só dos cônjuges quando imputar ao outro conduta
desonrosa ou qualquer ato que importe em grave violação dos deveres do
casamento e tornem insuportável a vida em comum.
Na presente peça vestibular, ficou
cabalmente demonstrada à infração pelo requerido dos deveres
matrimoniais positivados nos art. 1566 e art.1567, do Código Civil Brasileiro.
Com relação à cumulação de fixação de
alimentos provisionais, este encontra fundamento legal no art. 13, da Lei
Nacional n° 5.478, de 25 de Julho de 1968.
VI- DOS PEDIDOS
Ante todo o exposto, a requerente requer que seja a
presente inicial deferida em todos os seus termos, especialmente pela:
a)
Decretação do divorcio do casal, expedindo-se competente ofício para o Cartório
do Registro Civil de Nascimentos, Casamentos e Óbitos do município de ....;
b) A procedência do pedido de fixação de alimentos provisionais na importância de 30% dos rendimentos do requerido depositados mensalmente até o dia dez (10) de cada mês na conta da autora a ser aberta pelo juízo, e transformados em definitivos.
c) A condenação
do Requerido nos pagamentos de custas processuais e honorários advocatícios de
sucumbência, arbitrado por Vossa Excelência, no limite estipulado no § 3º do
art. 20, do Código de Processo Civil.
ISTO POSTO REQUER:
a) A citação do Réu no endereço informado para, querendo, contestar a presente ação sob pena dos efeitos de revelia e confissão;
b) A designação por Vossa Excelência de audiência de conciliação, instrução e julgamento;
c) Por final sentença, seja decretada o DIVÓRCIO DO CASAL, determinando-se que a Requerente volte a usar o nome de solteira;
d) Com o trânsito em julgado da sentença, expeça-se mandado de inscrição do DIVÓRCIO junto ao Registro Civil;
e) A seja
concedida a Guarda da menor para a genitora e regulamento do direito de visita
ao pai para ver a filha;
e) A
fixação de alimentos decretados em 30% dos rendimentos do requerido;
f) Protesta
em provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em Direito,
notadamente o depoimento pessoal do Réu sob pena de confissão, caso não
compareça ou, comparecendo, se recuse a depor, inquirição de testemunhas,
requisição e exibição de documentos.
g) Seja
concedido o benefício da Assistência Judiciária Gratuita eis que, conforme
declaração anexa, não está o Autora em condições de pagar à custa processuais e
honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento;
h)
Estima-se à causa o valor de R$ 23.000,00 (vinte e três mil reais) para efeitos
fiscais e de alçada.
Nestes termos, pede deferimento.
Data
Advogada
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