segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO

     Assédio moral é uma violência contra o trabalhador, podendo ser qualquer tipo de situações de humilhação por chefes, superiores hierárquicos no ambiente de trabalho é assedio moral.

    O termo assédio é recente, mas as ações praticadas por superiores no âmbito do trabalho são antigas. Estas situações que acontecem com frequência causam na vítima, sentimentos de inferioridade, incapacidade e até a culpa, problemas de saúde física e psicológicas. Às vezes esse tipo de assédio, na maioria das vezes, acontecem sutilmente, como por exemplo, através de brincadeiras que desvalorizam e ridicularizam o profissional ou ainda, por comentários que colocam em dúvida a capacidade profissional do subordinado, com atitudes mais visíveis, com agressões verbais, ameaça constante de demissão ou desvio de função para qual o funcionário foi contratado.

    O assédio moral não está previsto no Código Penal Brasileiro, o que impede que o agressor seja penalizado juridicamente. Para o professor de Direito Mardônio da Silva Girão, existem leis especificas de entes públicos que tratam sobre o tema, mas estas leis são aplicadas para os servidores públicos. Já existe um projeto de lei sobre assedio moral no trabalho, já passou pela Comissão de Constituição e Justiça e redação e aguarda ser aprovado pelo Congresso Nacional, quando aprovado se tornará uma lei possível de penalizar o agressor.

    Cabe ressaltar que mesmo não existindo lei, o assédio moral é um tipo de violência no trabalho, é importante a conscientização de que tais situações acontecem e não podem ser aceita.

    Quero dedicar este estudo sobre o assédio moral  aos professores porque são vitimas das equipes, assessorias e ou coordenações. Os professores que sofrem assédio moral no âmbito escolar adoecem devido à pressão. É importante que os professores sejam solidários e unidos para combater essa forma de violência e humilhação.

   Exemplos de violências provocadas por superior nas escolas (direções, assessoria e ou coordenações):

* Quando um professor entrega relatório e o coordenador ou diretor(a) diz que está uma porcaria, na frente de outras pessoas e colegas;
* Exigência de produção sem qualquer apoio para qualificação;
* Ordens uma atrás da outra e logo em seguida muda;
* Convite para reunião em dia não letivo, sem direito a remuneração;
* Redução de carga horária sem autorização do professor;
* Discriminação religiosa;
* Ser tratado diferente em relação aos demais colegas;
* Ser ignorado nas reuniões, não ter direito a voz;
* Ser avaliado na presença de alunos e de outros colegas;

   Pesquisas sobre o assédio moral no trabalham revelam que a humilhação constitui um risco invisível, porém concreto nas relações de trabalho e que a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, revelam uma forma mais poderosa de violência sutil nas relações organizacionais, sendo mais frequente com as mulheres e adoecidos.

    As práticas são perversas e arrogantes do superior hierárquico na empresa e na sociedade. A humilhação repetitiva e prolongada está cada vez mais costumeira no interior da empresa, das escolas, onde predomina o menosprezo e indiferença pelo sofrimento dos trabalhadores, que mesmo doentes continuam trabalhando. Mesmo trabalhando adoecidos são responsabilizados pela queda de produção, baixa de metas, reprovações dos alunos, desqualificação profissional, demissão. Essas atitudes praticadas reforçam o individualismo, aumentando a submissão coletiva alicerçada no medo. As vítimas por medo, passam a produzir acima de suas forças, ocultando as queixas, serem humilhados e demitidos.

       Os laços afetivos dos colegas que permitiriam, a troca de informações e comunicações, se
tornam alvo dos chefes, controlando os grupos e se alguém do grupo, transgride a norma sofre a pressão.

     Os estudos apontam que as mulheres são mais humilhadas e expressam sua indignação com choro, tristeza, ressentimentos e mágoas, estranhando o ambiente ao qual identificava como seu, os homens sentem-se revoltados, indignados, desonrados, com raiva, traídos e têm vontade de vingar-se. Sentem-se envergonhados diante da mulher e dos filhos, sobressaindo o sentimento de inutilidade, fracasso e baixa auto-estima. Isolam-se da família, evitam contar o acontecido aos amigos, passando a vivenciar traumas psicológicos.
       




       

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